Wednesday, May 25, 2005

Feriadão chegando e eu aqui, na pacata cidade de Presidente Prudente... sem festas, sem bebedeira, sem beijação, sem nada... tudo bem; vou aproveitar a calmaria para estudar, afinal, gosto disso. Estranho dizer isso, mas eu realmente gosto de estudar. Faz com que eu me sinta mais... conhecedora das coisas. Aliás, ultimamente estudar é algo que não tenho conseguido fazer com tanta freqüência... ou não tanto quanto gostaria... muitas coisas pra se fazer quando se mora só...
Mas não sei do que vou falar hoje, aqui... só não gostaria que minhas postagens se resumissem a relatos nostálgicos e monótonos da minha "vidinha acadêmica longe de casa"... mas parece que isso está acontecendo... preciso tentar mudar isso.
Uma notícia boa: minha amiga vem me visitar neste feriado! Até que enfim, depois de quatro anos, alguém vem aqui pra me visitar!!! Pensei que isso aconteceria somente na formatura. Felizmente, tenho uma amiga que topa rodar mais de 600 km de busão pra vir pra cá. E isso faz com que eu me sinta uma pessoa querida. Thá, obrigada por esse momento, estava realmente precisando disso...
Não sei mais sobre o que posso escrever hoje... ultimamente ando um pouco sem idéias na cabeça... o cérebro travou um pouco... mas isso é uma fase e eu sei que passa, como tantas outras vezes em que isso aconteceu. Então, ao invés de escrever bobagens, fico por aqui, agradecendo, publicamente, pela consideração da minha amiga (não desmerecendo os meus outros amigos; sei que cada um tem suas razões para não poder vir...) e desejar um feliz aniversário pra Cris, minha maninha que tanto amo (mesmo que não diga isso...).
Pra pensar: tem coisa mais egoísta do que uma amizade?

Morar longe de casa implica muitas questões....

Morar longe dos pais não é uma tarefa fácil... não é só o fato de ter que se virar sozinho, mas a saudade, a responsabilidade que temos que ter, decisões que temos que tomar sozinhos, a falta de pais pra conversar fazem muito mais falta do que podemos imaginar...
Embora ainda seja sustentada por eles, gosto de pensar que vivo uma "independência dependente", afinal, tenho que controlar meus impulsos consumistas (adoro comprar CDs!!!) e usar o dinheiro pra pagar as contas... e se fizer algo que, normalmente teria que pedir autorização para fazer, e me der mal por isso, azar o meu!!! Responsabilidade: uma palavra que aprendemos quando crianças e só percebemos o real significado dela algum tempo depois, quando já estamos (teoricamente) crescidos.
Se bem que não tem de todo ruim: podemos sair sem dar explicações ou fazer o que nos vier à cabeça. E implica, também, muito aprendizado. Acho que, de certa forma, cresci aqui. Ou melhor, amadureci. A cada dia sinto que aprendo muita coisa, não só sobre mim mesma, mas sobre como as pessoas são diferentes, como devemos respeitá-las, como conviver com elas... sem falar das questões práticas, como cozinhar (não sou muito boa pra isso, mãs não envergonho!), cuidar da casa, lavar a roupa (algo que considero muito chato), passar.. enfim... ser uma dona-de-casa...
O mais interessante mesmo é aprender a lidar com as pessoas. Morar com pessoas que até então nunca tinha visto na vida é algo um tanto assustador, no princípio. Mas com o passar do tempo, percebemos que cada pessoa tem um jeito de ser, que tem um costume, um jeito de pensar e agir. Se bem que, essas diferenças existem dentro das nossas famílias. "Ninguém é igual a ninguém". Ainda bem.
Posso me considerar uma pessoa de sorte: faço parte de uma famíla extremamente unida e que me ama, amigos maravilhosos, estudo numa universide (que já é um privilégio) pública (que se torna, no meu ponto de vista, um feito incrível), fiz muitos amigos e moro com pessoas que se tornaram minha segunda família.
Se bem que é o meu último ano aqui e não sei o que vou fazer depois... mas procurar não me angustiar antes da hora... ainda tenho um ano inteiro pra pensar nisso. Bom, acho que por hoje é só.

Friday, May 20, 2005

Amigos verdadeiros...

Tem coisa melhor no mundo do que ter amigos??? Não amigos somente pra nos dar conselhos ou nos ajudar quando precisamos... mas amigos, principalmente pra se divertir, sair juntos, jogar conversa fora, viajar, nos ouvir...
Amigos pra brigar conosco quando estamos errados, que nos colocam em "enrascadas" pra nos ver alegres, que nos apóiam nas nossas decisões mesmo quando sabemos que é a errada... e que, fatalmente estarão lá para enxugar as nossas lágrimas, que nos mostram que não somos feitos de aço, nem tampouco de vidro...
Amigos que nos fazem perceber que a vida é cheia de surpresas boas e ruins, que nem sempre o caminho mais fácil é aquele a ser seguido, que para todo problema existe uma solução...
Amigos não só para animar uma festa, mas para nos ajudar a programá-la, agitá-la e nos ajudar a limpar toda a sujeira, mesmo que estejamos cansados...
Amigos que não cobram explicações dos nossos atos, simplesmente os respeitam, assim como faz com nossas opiniões e decisões; que sabem o que estamos sentindo ou pensando apenas por um olhar...
Amigos que não se importam em ouvir os nossos problemas altas horas da madrugada; que dormem abraçados conosco ou ninam nossa cabeça em seu colo quando estamos carentes...
Amigos que não se importam em "pagar micos" em locais públicos; que não se envergonham quando estamos vestidos estranhamente ou agimos como idiotas...
Amigos que não sentem medo ou vergonha de assumir seus sentimentos em relação a nós, que sentem ciúmes ou raiva quando os "deixamos de lado", que choram, quando for preciso, junto de nós...
Amigos que, mesmo distantes, sabem que estarão sempre próximos, seja por e-mail, telefone, cartas e (por que não dizer?) por pensamentos e a certeza de que sempre serão AMIGOS VERDADEIROS...
Essa vai para todos aqueles que sabem que são meus verdadeiros amigos... e que me consideram uma amiga verdadeira...

Tuesday, May 17, 2005

Seria pedir demais???

Ainda falando sobre sentimentos e dons para escrever, encontrei no fotoblog de uma amiga que conheci na net um texto bastante interessante que expressa o que gostaria de dizer, muitas vezes... Ok, eu ando um pouco deprê e carente, mas sei que isso passa, basta dar um tempo pra mim. Aí vai o texto:
"Preciso de alguém....
Que se importe comigo...
Que reconheça os próprios erros...
Que encontre desenhos nas nuvens...
Que tome chuva sem medo de ficar doente...
Que me faça rir de vez em qdo...
Que entenda que não sou perfeita...
Que silencie meus lábios quando for preciso...
Que corrija meus erros...
Que note minha ausência..
Que me chame de complicada e confusa...
Que acredite nos meus sonhos...
Que me toque com respeito...
Que não me iluda nem se iluda...
Que saiba aceitar críticas...
Que me olhe nos olhos sem medo...
Que confie em minhas palavras...
Que jogue futebol comigo...
Que não espere ser amado...
Que aguente as minhas crises...
Que faça caretas para tirar fotos...
Que acompanhe o meu raciocínio...
Que não me trate como apenas mais uma...
Que assista filmes trash...
Que não acredite em destino...
Que me ensine francês...
Que analise o porquê das flores amarelas...
Que acredite que tudo é passageiro...
Que seja muito mais do que palavras...
Que me prove que ainda vale a pena...
Que mande embora meus medos..
Droga!.. Preciso de alguém que goste de mim... "
E, acima de tudo, que goste de mim assim como eu sou!!!

Monday, May 16, 2005

"A televisão me deixou burra, muito burra demais..."

Ultimamente assistir televisão é uma das coisas que não tenho feito com pouca (ou nenhuma) freqüência, mas hoje estava assistindo a um episódio da série "Dawson´s Creek" e um dos temas era sobre sentimentos (como a maioria dos seriados norte-americanos...). Mas estava pensando comigo (é, eu penso de vez em quando!!!) e cheguei à conclusão de que sentimentos são algo um tanto.... universais. Quero dizer, independente da religião, opção sexual, idade, etc e tal eles sempre estão carregados das mesmas sensações de dúvida (será que devo? o que será que a pessoa vai pensar de mim? o que devo fazer? e por aí vai...), medos, ciúmes, sentimento de posse, enfim, sensações que nos deixam, muitas vezes, sem saber o que fazer. O mais difícil é conseguir expressá-los da maneira como sentimos... fica quase impossível (quero dizer, pra pessoas tão "normais" quanto eu...).

Isso me fez lembrar que Machado de Assis (sim, eu li!!) foi um dos escritores que soube tratar muito bem disso. Aliás, ele foi um dos caras mais inteligentes que já vi! Infelizmente, não tenho a mesma sorte de ter tamanha inteligência... Assim como Ernest Hemingway, que conseguia transmitir tanta emoção e sentimentos somente com palavras em uma folha de papel (quem leu "O Velho e o Mar", por exemplo, sabe muito bem do que estou falando!!! Um dos melhores livros que já li!). Isso que é dom!!! Ficaria satisfeita se conseguisse uma pequena parte do que esses gênios da literatura conseguiram...
E por falar em dom, existe algo mais... individual que isso? Acredito que cada pessoa tem um. Embora já tenham me dito que não, que basta você ser uma pessoa dedicada, esforçada e blá, blá, blá, não acredito nisso. Sim, o treino ajuda, mas o dom é algo que torna cada pessoa única. É uma das qualidades individuais do ser humano. Imagina, por exemplo, se todos tivessem o dom de articulação das palavras e persuasão? Todos nós seríamos políticos partidários e pastores de igreja (nada contra, mas alguns se aproveitam da fé alheia para se beneficiarem...)!! E, além disso, qual seria a graça se todos nós fôssemos iguais? Ainda bem que cada um é cada um, seja pro bem ou pro mal. Cada um usa o seu dom da maneira que acha que é melhor (quando encontrar o meu, vou usá-lo pro bem), basta saber como usá-lo.
Bom, acho que por hoje chega. Ainda não estou em condições de escrever algo realmente útil (talvez ninguém chegue a ler isso!)... mas um dia chego lá!

Sunday, May 15, 2005

Primeiro post... O que escrever???

Primeiro post... não sei bem sobre o que falar, mas espero que este blog não seja mais um daqueles tantos outros que reportam sobre simplesmente como foi o meu dia, sobre intriguinhas e coisas afins... Não me considero uma boa escritora e, muitas vezes, não tenho muita criatividade... mesmo assim, vou me esforçar para dizer algo de útil ou "não vazio". Não sei se conseguirei ser regular em minhas postagens, mas vou me esforçar. Bem, talvez consiga escrever sobre algo agora.
Bem, talvez possa começar a escrever sobre mim.... não sei se isso é uma boa idéia, afinal, parece que a cada dia me conheço mais (ou seria menos??). Acho que estou me conhecendo a cada dia depois que me mudei pra Presidente Prudente... é... morar longe da família e dos amigos não é uma tarefa fácil... mas implica em muitos aprendizados. Sem contar que estou fazendo algo que queria muito (e tinha certeza que o faria): cursar uma universidade pública.
Mas voltando ao tópico principal: até um certo tempo atrás, achava que era uma pessoa forte (emocionalmente falando), que não chorava por qualquer coisa, mas me enganei... sou tão sensível que até pareço uma menininha de verdade... aliás, até um tempo atrás achava legal me vestir toda largada, chinelão, calça de qualquer jeito (e qualquer calça), camisão... me escondia, de certa forma... não que hoje seja uma completa patricinha, mas posso considerar que sou um pouco (mas não muito!) mais vaidosa do que era (ou do que nunca fui??).
Descobri também que sou uma pessoa meiga... achava que era... alguém do tipo.... "seca", durona... mas as pessoas daqui me mostraram que estava enganada. E isso é realmente bom! Descobri que sou uma pessoa (está soando um tanto egocêntrico, não?) com tendências a ser depressiva, ou melhor, tenho uma auto-estima um tanto baixa (paradoxal, não?)... e isso é realmente ruim... mas estou tentando melhorar nesse sentido; tenho bons amigos aqui que me ajudam bastante e os meus amigos da minha terra natal também me ajudam, na medida do possível (sou um tanto dependente deles...).
Ah! E tem a família... embora sempre planejasse estudar longe de casa, nunca imaginei que seria tão difícil... e, mesmo hoje no 4º ano, ainda sinto um vazio por não ter mãe, pai, irmã, avó, avô, cachorros e gatos por perto... fica uma sensação de vazio... mas logo, logo, poderei estar perto deles de novo. Bom, pelo menos assim espero...
Acho que por hoje chega... como imaginei, não consegui escrever o que pretendia... mas esse foi o primeiro... quem sabe os próximos não serão melhores???