Monday, May 22, 2006

O pouco pode significar muito

Pequenos gestos, alguns cheiros, sons e imagens às vezes podem fazer a diferença. Eles aparecem de repente, na memória e são capazes de nos fazer sorrir... rir sozinho... chorar... enraivecer... se entristecer... lembrar... Lembrar de algum momento bom pelo qual passamos em nossas vidas. Até mesmo os ruins, às vezes retornam e nos fazem perceber que vencemos mais um obstáculo.
Engraçado como a nossa memória funciona... São pequenas lembranças que nos fazem reviver todos os sentimentos, as sensações que se fizeram presente em determinado momento da vida. E ah! Como são boas!!! Pode ter sido um simples aperto de mão até o mais caloroso abraço ou ardente beijo; do cheiro de comida saindo quentinha ou da terra molhada quando chovia; do barulho do corre-corre dos carros até o quebrar das ondas do mar nas pedras; da tranqüilidade ao ver um bebê dormir até uma briga ferrenha do casal. Enfim, tudo aquilo que sentimos, vemos, ouvimos ficam guardados de alguma maneira dentro de nós. Cada um reage de uma maneira. Alguns, ficam calados enquanto outros manisfestam suas emoções através do choro, do riso, do grito, do silêncio. Cada um sente de uma maneira diferente.
No entanto, para cada um de nós, estes pequenos gestos, cheiros, sons e imagens terão um efeito. Para alguns, é preciso algo grande para que haja comoção ou desperte algum sentimento. Para outros não. E acredito que, para estes, a vida é vista com mais sensibilidade, mais emoção, mais intensidade.
Portanto, pense bem antes de falar ou agir. Muitas vezes magoamos as pessoas que nos amam sem percebermos. É preciso cuidado para não ferir. Ou, ao contrário, falar ou fazer algo de bom. Para que mais uma boa lembrança seja guardada. Melhor ainda: para que sejamos responsáveis pela felicidade de outros.
Momentos de histeria: "Façamos o bem. Nâo machuca, não paga nada, não arranca pedaço."

Wednesday, May 17, 2006

Pra pensar...

Diante dos tais acontecimentos, resolvi me manifestar.
Durante minhas navegações, encontrei um texto que expressa muito do que eu gostaria de dizer.
É algo pra se pensar, mesmo...

Sou uma pessoa comum. E você?

Fui criado com princípios morais comuns.Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões e nossa única preocupação em relação à segurança era o flagrante do lanterninha dos cinemas! Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximo, e/ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder deseducamente a policiais, mestres, idosos, autoridades. Confiávamos nos adultos porque todos eram pais de todas as crianças da rua! Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror. Hoje, sinto uma tristeza infinita por tudo que perdemos. Por tudo o que meus filhos precisam temer. Matar pais, avós, violentar crianças, seqüestrar jovens, roubar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidade no noticiário policial. Não levar vantagem é ser otário! Pagar dívidas em dia é bancar o bobo, anistia para os caloteiros de plantão. Ladrões de terno e gravata, assassinos com cara de anjo, pedófilos de cabelos brancos. O que aconteceu conosco? Professores agredidos em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas portas e janelas. Crianças morrendo de fome, gente com fome de morte. Que valores são esses? Carros que valem mais que abraços, filhos pedem como brindes por passar de ano. Mais vale vinténs do que um gosto? Que lares são esses? Bom dia, boa noite, até mais. Jovens ausentes, pais ausentes, droga presente e o presente uma droga. Quando foi que fechei a janela do meu carro? Quando foi que me fechei? Quero de volta a minha dignidade, a minha paz e o lugar onde o bem e o mal são contrários, onde o mocinho luta com o bandido e o único medo é de quem rouba e mata. Quero de volta a lei e a ordem. Quero liberdade com segurança. quero tirar as grades da minha janela. Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter. a cara limpa e o olho no olho. Quero empregos decentes, salários condizentes, uma oportunidade a mais. Uma casa para todos, comida na mesa, saúde a mil. Quero livros, cachorros, sapatos e água limpa. Eu quero voltar a ser feliz! Quero xingar quem joga lixo na rua, quem fura a fila, quem ultrapassa a faixa,quem não usa cinto, quem não paga a conta, quem não dignifica meu voto e cobra mensalão. Abaixo o "ter", viva o "ser" e o "sentir"!E viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa como um céu de abril, leve como a brisa da manhã! (Lauro Padilha)
Momentos de histeria: "O que está acontecendo com o mundo???"

Saturday, May 13, 2006

Todos nós temos nosso anjo

Segundo domingo de maio. Dia das mães. Mas, afinal de contas, dia das mães não deveria ser todos os dias? Mas, como não poderia deixar de ser, o sistema capitalista inventa mais uma data festiva para vender e lucrar. E acabamos nos rendendo a ele...
Não que eu esteja julgando as pessoas que adoram estas datas comemorativas, muito longe disso. Mas será que haveria mesmo a necessidade de se inventar um dia para nos lembrarmos daquela pessoa que sempre cuidou de nós, mesmo antes de nos conhecer? Aquela pessoa que se preocupa, que alimenta, que ora, que vigia, que luta, que trabalha, que ajuda, que ensina, que compreende... enfim, aquela pessoa que nos ama, independente de sermos pessoas boas ou más com as outras...
Algumas vezes, ela não é a nossa genitora, não há laço sanguíneo, mas se preocupa tanto ou até mais que não há como não dizer "esta é a minha mãe". Ser mãe, acredito, não é apenas amamentar, trocar fraldas, dar comida, banho, estudos. Vejo que é ir muito além. É ficar noite e dia ao lado do filho quando ele está doente, é ficar feliz ao ver a filha dar os primeiros passos, falar a primeira palavra, ensinar que ir à escola é gostoso, que fazer amigos é importante, é saber dizer não, é saber dar um abraço ou um colo quando se está triste. É saber fazer entender que nem sempre a vida será fácil, que é preciso insistir para conseguir o que se quer. Ser mãe é amar sem limites, é abrir mão da própria felicidade para fazer o filho feliz.
Quem não soube fazer isso, talvez não tenha sido mãe, apenas alguém que colocou um filho no mundo. Quem não souber fazer isso, não saberá o real significado desta pequena palavra. E quem não estiver preparado para essa missão, o melhor a fazer é esperar. Para se preparar. Para se sentir como uma verdadeira mãe.
Desejo a todas as mães um Feliz dia das Mães. E para a minha... não há palavras para expressar toda a minha gratidão e o meu amor por você... Eu te amo!!!!
Momentos de histeria: "Eu tenho tanto pra lhe falar
mas com palavras, não sei dizer
como é grande o meu amor por você" (Roberto Carlos)

Tuesday, May 09, 2006

Um sentimento comum... presente...

Por que existe o medo em nós? O que acontece com nosso corpo quando somos tomados por esse sentimento? Suor? Tremor? Vertigem? Ataque de risos? Ânsia? Independente das reações desencadeadas, o medo está presente em cada um de nós, mortais...
Ele surge quando temos que tomar decisões difíceis, quando nos encontramos em uma situação inesperada, quando estamos apaixonados (sim, até esse momento que deveria ser sublime ele existe!!!) ou por razão nenhuma, apenas surge...
E como fazer para combatê-lo?? Sinceramente, não sei... Acredito que ainda não tenha vivido momentos medonhos de verdade. Se vivi, sobrevivi. A verdade, penso, é que não existe fórmula. Apenas devemos tentar nos focar em nossos objetivos e seguir em frente. Somente lutando é que venceremos. Na vida é assim: quem não luta, não chega. Não basta ter vontade de viver. É preciso fazer valer a pena. Ou apenas dar tempo ao tempo. O tempo é sábio...
Momento de histeria: "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." (M. Luther King)

Tuesday, May 02, 2006

O eterno ciclo

Caros leitores,
Peço desculpas pela minha falta de freqüência neste blog. Não pensem que é falta de consideração; apenas minha cabeça não tem tido muitas idéias sobre o que escrever, uma vez que eu mesma já estava ficando farta das minhas últimas postagens. Indignação, revolta e insatisfação com o sistema público de saúde, educacional e afins já estão se tornando monótonos nesta página, portanto, não se preocupem, isso demorará a acontecer novamente (mesmo embora na semana passada eu tenha recebido uma outra notícia ruim).
Então, vou deixar o que consegui escrever num certo dia dentro do ônibus a caminho de casa, voltando do trabalho. Palavras de alguns dias em que não estive bem comigo mesma, mas o papel e a caneta me fizeram sentir melhor...
"... e de repente o céu azul cobriu-se de cinza... O ar até então agradável ao corpo foi se tornando cada vez mais frio... Uma névoa branca foi envolveldo todo o ambiente... Frio... Cinza... Negro... Vento... Vento... vento... Enfim!!! A chuva forte veio e a água fria levou tudo!!! Lavou tudo!! Aliviou tudo!!!"
"The things never will be the same again... But we need to know that the things lived in our past will be unforgetable. The good things will be in our memories forever. Good memories. Sweet memories. And this is enough for now."
Momentos de histeria: "(...) E nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar... E até lá, vamos viver, temos ainda muito por fazer. Não olhe pra trás. O mundo começa agora. Ah! Apenas começamos!" (Renato Russo, Metal contra as nuvens).