Saturday, March 14, 2009

Procurando respostas...

Há algum tempo perguntas pairam sobre meus pensamentos... várias perguntas me fazem parar e dispensar horas dos meus monótonos dias a elas... São de várias ordens, assuntos, pessoais, mundiais, não importa. Apenas surgem sob determinadas situações e ficam, ficam, ficam... as respostas? Bem... só o tempo mostra. Ou o momento o faz como achar mais conveniente.

Amor verdadeiro existe? Acontece uma vez na vida? É eterno? Casamento é pra sempre? Por que acaba? Por que as pessoas o tratam com tanta futilidade hoje? Todos temos uma missão na Terra? Qual é a minha? E a sua? O mundo vai acabar? Ou já está se acabando? Há salvação? E vida após a morte? Até que ponto a ciência pode avançar? Deus existe? Quem determina nosso futuro? E destino, quem acredita nele? O mundo vai ter paz um dia? E a fome, vai acabar?

Talvez não caiba eu respondê-las... talvez sejam questões muito maiores do que eu possa pensá-las... Talvez eu queira e espere muito, mesmo sem poder... Talvez um dia eu aprenda a compreender. E aceitar... Pois talvez haja respostas. Mas para apenas algumas perguntas...

Momento de histeria: "Quem procura acha. Espero que sim!"

O Um e o Outro

Pularam naquele lago lindamente azul e sentiam toda a frieza da água confortar a pele aquecida pelo sol do verão. A cada mergulho, a cada braçada, bolhas de risos saíam das bocas... quando parecia que o ar faltaria a um, o outro estendia o braço e o puxava pelas mãos... E como era boa a sensação de flutuar!!! Apenas em silêncio, a admirar o céu imenso e imaginar figuras que as nuvens formavam sobre seus olhos...

De repente, as nuvens, antes brancas como algodão-doce, deram lugar a uma densa massa cinzenta... O vento uivava agora em seus ouvidos, batia contra a água. Mas a margem estava tão longe!!!! As braçadas se tornaram cada vez mais fortes, mais desesperadas. Ambos tentaram manter a calma, embora a adrenalina fosse lançada a jatos dentro dos corpos que se esforçavam para manter suas mãos unidas na esperança de saírem o mais rápido dali.

Então... não lembro bem como aconteceu... as mãos se soltaram... quem estava na frente, voltou para buscar o outro, mas... este não se deixou ajudar... pediu que continuasse sozinho, pois não tinha mais forças para seguir adiante... apenas se deixou levar cada vez mais para o fundo... O primeiro ainda tentou voltar, mas a chuva caía agora tão forte, tão chicoteante que não era mais possível enxergá-lo. Encontrou-se diante de um dilema: "devo deixá-lo e seguir adiante ou devo continuar em sua procura? já não o vejo mais!". Estava desesperado.

Quando acordou, já estava seco e aquecido. A primeira pergunta que fez foi saber sobre o outro. Mas este havia ficado para trás. Não conseguira seguir até o fim. Lágrimas incontroladas escorreram sobre seu rosto. Gritou, brigou, queria voltar atrás. Mas foi impedido.

Hoje, mesmo tendo se passado muito tempo desde o ocorrido, sempre volta ao lago e se pergunta se deveria ter ficado. O que teria acontecido? Como suas mãos foram se soltar? Por que o deixou? Deveria ter tentado mais? E pede perdão, afogado em suas lágrimas...

Momento de histeria: "1+1=2. Na vida nem tudo é matemática..."

Tuesday, February 24, 2009

Muito tempo sem postar...

Desculpem o longo período sem postagens...
Mas já parecem não existir palavras dentro de mim...
Fica uma música que resume muito do que está dentro de mim neste momento.



IN MY LIFE (Lennon & Mc Cartney)


There are places I remember
All my life though some have changed
Some forever not for better
Some have gone and some remain

All these places have their moments
With lovers and friends I still can recall
Some are dead and some are living
In my life I've loved them all

But of all these friends and lovers
There is no one compared with you
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them
In my life I love you more

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them
In my life I love you more

In my life I love you more...

Momento de histeria: "But I can´t help falling in love with you..." (Elvis Presley)

Thursday, June 19, 2008

Ele existe?

Procuro um novo amor
Que me surpreenda, que me faça flutuar.
Que goste de cantar, que seja alegre, que seja honesto.
Que tenha paciência, que me compreenda, que fique ao meu lado quando eu precisar.
Que dê risada, que fale bobagens e não tenha medo de parecer ridículo.

Um novo amor
Que me traga flores, que me escreva cartas, que cante uma canção.
Que seja carinhoso, que beije minha testa e a palma da minha mão.
Que tenha aspirações, que goste de ler ou assistir televisão.
Que me deixe sair com meus amigos e se dê bem com eles.

Procuro um novo amor
Que queira se arriscar, fazer viagens,
Que tenha os pés no chão e que mantenha os meus no ar.
Que saiba dizer "eu te amo" num simples olhar.
Que tenha um olhar bondoso, mas intenso.

Um novo um amor
Que queira dormir abraçado, que me envolva em seus braços,
Que me faça sentir segura.
Que não se importe em dormir mal, desde que acorde comigo.
Que queira dormir embriagado depois de bebermos vinho de vez em quando.

Procuro um novo amor
Que me aceite como eu sou, moleca e frágil.
Que ria das minhas brincadeiras, que se divirta ao meu lado.
Que queira dançar, mesmo sem saber fazê-lo.
Que me veja como mulher.

Porque eu já sei o que fazer quando esse novo amor chegar: me dedicar e me entregar completamente. E fazer tudo o que puder para fazê-lo feliz.


Momento de histeria: "Procuro um amor que seja bom pra mim/ Vou procurar, eu vou até o fim!" (Barão Vermelho)

A voz dentro de mim

No meio da multidão uma voz grita. Um grito de desespero, um pedido de socorro, uma chamada por atenção. Uma voz que incomoda, que quer se fazer ouvir, que não pára um segundo. É forte, constante, insistente. Que às vezes parece que vai parar, mas retoma o fôlego e volta a se fazer presente.

Ela me persegue o tempo todo. No silêncio da noite, torna-se um sussurro intermitente a soprar em meu ouvido. Não sei o que quer me dizer, não existe palavra compreensível. Apenas um som que emite várias palavras ao mesmo tempo, que me confundem e me atormentam. Seriam conselhos? Reclames? Lamentações. Não sei. Mudam de tom o tempo todo, mas continuo sem entender absolutamente nada.

Quer falar, mas não há coerência. E me persegue, noite e dia. Parece querer me dizer algo, mas não consigo compreender o que é. Nem sei mesmo dizer de quem é essa voz, de onde vem, o que quer. E já não me deixa dormir, trabalhar, ler... não me deixa fazer absolutamente nada. Pois agora o que pretendo é descobri-la. Para fazê-la calar.

Às vezes o grito ecoa, tamanho desespero em querer ser ouvido. O tempo parece parar. Olho ao meu redor e procuro de onde vem essa voz já tão estridente. Inutilmente. Não vejo nada. Ninguém mais parece escutar, apenas eu, enquanto caminho nas ruas. E a cada passo meu, os ecos são mais fortes, mais vibrantes. Eu páro. Não consigo mais caminhar. Meus olhos percorrem toda a minha volta, agora já impacientes. Nada. Mais dois passos. A voz é mais vibrante.

Decido partir para encontrar quem me procura. E só voltarei quando encontrá-lo e fazer calar sua voz.

Momento de histeria: "Conflitos existenciais tomam conta da minha cabeça/ De onde vim e quem sou? Por que estou aqui, pra onde vou? (Cachorro Grande)"

Wednesday, May 07, 2008

Armagedon, Apocalipse, Nirvana... não importa

Caos. É o que vivemos hoje.
Tem gente que acredita que o fim do mundo acontecerá com a colisão de um meteoro contra o planeta. O fim dos tempos está sob nossas vistas e não nos demos conta ainda!
A natureza tem dado sinais constantes. Quer prova maior que os terremotos nos últimos anos? E os furacões, maremotos? As chuvas torrenciais, as enchentes, a seca. A natureza tem mostrado toda a força que tem. Mesmo assim, a desrespeitamos, com as indústrias movidas pelo comércio; cobrimos a terra com cimento e asfalto, sujamos os rios com nosso lixo cotidiano.
Os homens estão se matando em guerras absurdas pelo dinheiro e poder. O trânsito caótico, a poluição, a falta de atendimento médico, a educação esquecida. A desestrutura familiar, os seqüestros relâmpagos, a guerra do tráfico.
As pessoas estão morrendo com doenças que podem ser prevenidas com medidas de consciência e educação, nas filas de hospitais, por bala perdida, brigas no trânsito ou na balada.
A ciência cria armas de destruição em massa. Está preocupada em criar clones de animais e seres humanos ao invés de curas por doenças graves que matam milhões de pessoas por ano.
Já não temos tempo para nossas crianças - que estão cada vez menos inocentes -, não nos divertimos, não rimos. Não dizemos "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite". Apenas trocamos olhares desconfiados e passamos rápido. Corremos o tempo todo e nos escondemos sob altos muros.
Aonde vamos parar? O meteoro somos nós!!!

Momento de histeria: "Não fiquemos procurando ETs! Nós somos os aliens!!!"

Tuesday, May 06, 2008

Um dia quero ser índio

Decidi que quero ser índio. Não o índio de hoje, que veste roupas, usa celulares, dorme em camas, vive sob tetos de concreto, tem celulares e TV a cabo.
Quero ser o índio que só conheci pela televisão quando criança, dos livros de História do Brasil, dos confins do Xingu. Isso mesmo, aquele que se pintava, caçava, dançava e seguia as antigas tradições e rituais.
Que não precisa se preocupar o tempo todo com o relógio, que não precisa correr para não perder o ônibus, ou trabalhar horas dentro da empresa para pagar as contas no fim do mês.
Quero ser aquele índio que brinca, que divide, que tem tempo para ficar com as crianças. Que canta e dança, que come frutas frescas tiradas do pé, que se alimenta da comida saudável que planta.
Quero ser aquele "animal" que é muito íntimo da natureza, que não conhece maldade, não conhece corrupção e não se vendeu às luxúrias do capitalismo.
Quero ser aquele índio que não existe mais, que é inocente, é puro. Quero ser aquele índio que pode sonhar ao invés de se preocupar. Que é verdadeiramente feliz.

Momento de histeria: Não poderia deixar apenas uma frase. Tem que ser a música inteira. Diz tudo. E mais um pouco.


Índios (Legião Urbana)
Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do inicio ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.

Thursday, April 10, 2008

Lembranças de um tempo bom

A tua figura é assim, tão marcante, tão vibrante, que nos encanta a ponto de emocionar.
Teu sorriso inocente é cativante, tua gargalhada tão solta, natural, que não há como não rir contigo.
Teu rostinho tão puro, tão meigo, arteiro e carinhoso se torna inesquecível. Teus gritos incontidos e lágrimas de manhas convencem qualquer um a agir em teu favor.
Teus olhinhos sempre atentos, teus cachinhos balançando, teus pezinhos batendo contra o chão demonstram toda a tua energia ao brincar. Tua vozinha criando sons iguais aos teus super-heróis favoritos são inesquecíveis.

O tempo irá correr e quando menos percebermos, tu não te lembrarás mais de mim, apenas do meu nome. Mas toda a tua inocência, pureza e alegria estarão para sempre guardadas em meu coração.
Um de nós não crescerá mais. E é esse um que guardará as melhores lembranças das bagunças ao lado do outro.

Momento de histeria: "Como é bom ser criança!"

Wednesday, April 09, 2008

Silêncio...
Não há voz nem verbos, nem letras.
Já não existe razão para palavras.
Ele vem...
E fica...
E afasta...
E cala...

Não há tinta nem perfumes,
Não há vozes nem selos.
E comprime...
E reprime...
E sonha...

Silêncio...
Foi tudo o que restou...




Momento de histeria: "Às vezes o silêncio vale mais do que mil palavras..."